Sonhos Platônicos

domingo, abril 08, 2007

Relações..

Voltou? Sim, voltei. Porque? O que você ainda quer aqui? Não sei. Pensei em fazer um café, umas torradas. Sentar no sofá com você e assistir o jornal. Não entendo você, sinceramente. Porque? Vejamos.. Talvez pelo fato de que você, a menos de cinco minutos, saiu daqui me dizendo que não voltaria mais? É eu sei, pensei melhor. Acho que eu só precisava esfriar um pouco a cabeça. Esfriar a cabeça. Sei. A vai, não vai dizer que você levou realmente a sério tudo aquilo que eu te falei. E não era pra levar? Bem.. Não exatamente. Ah! Você sabe como eu sou. Às vezes acabo falando demais. É eu sei. Na verdade acho que você nunca sabe mesmo quando parar. Sabe, fico pensando se um dia você vai saber... Saber o que? Quando parar! Ah!...Não sei. Talvez. Não sei se “talvez” é a resposta que eu preciso ouvir. Ah pára com isso! Não precisa fazer todo esse melodrama. Um dia eu vou mudar... Não sei quando, mas vou! Eu tento pelo menos... Pelo menos... Me irrita essa tua certeza de que tentar já é o suficiente. Tentar não significa nada. Você tem que mudar! Efetivamente mudar! Não dá pra conversar com você! Só consegue ver o errado em mim. Você se acha um ser perfeito! Nunca pensa que talvez também tenha um monte de coisas a mudar, um monte de defeitos! Sim, eu sei que tenho. Muitos... O que me diferencia é que eu enxergo e admito meus defeitos. Você não... Ta certo! Você tem razão.. Você sempre tem razão. Quem sabe se você parasse de pensar em quem está certo ou errado sempre, a gente tivesse uma vida bem melhor. Mas acho que isso tudo é muito difícil. Você não entende nada. É, acho que não entendo mesmo. Nunca entendi e nunca vou entender. Desisto de tentar. Sabe.. Outro dia acordei de noite de um pesadelo horrível. Pesadelo? Sim.. Pesadelo, Sonho ruim.. Ta, ta bom, já entendi. O que tem? Sonhei que você ia embora e me deixava no carro, com a porta trancada. Eu gritava, batia no vidro e no entanto você não ouvia. Só ia embora. Não sei por que eu tinha tanto medo. O carro tava parado em algum lugar meio deserto, não sei. Meu medo era tão grande que quando acordei, senti que o quarto encolhia e me engolia. Tive que respirar fundo e fechar bem forte os olhos pra não gritar. Nossa e porque você não me chamou? Não sei. Não quis te acordar, incomodar teu sono. Nossa até parece. Você fala como se eu fosse um monstro! Não, não é a minha intenção. É justamente o contrário. Você podia me acordar.. Eu sabia que podia acordar você se precisasse e saber disso, me fez ter certeza de que o sonho era sonho, e que a realidade era outra coisa, totalmente diferente. Entende? Entendo... Odeio o jeito como você expõe seus argumentos... Café?