Coisas essenciais para viver
Esta noite sonhei com um monte de coisas essenciais. Este dia sonhei comigo fazendo estas coisas sem planeja-las e sem quere-las, mas ao mesmo tempo querendo-as. Fico aí sentado na cadeira a escrever sobre o que desconheço e fazendo estas coisas sem saber que faço. Escrever é. E não escrevo para alguém como você leitor apressado, mas sim para suprir todas aquelas coisas essenciais, mas que vem a faltar em minha pobre mesa de madeira velha e roída pela minha própria vida sem esperança, mas que amo assim mesmo.
Coisas essenciais; as necessito mesmo? Quando abri o meu livro, Fernando Pessoa me disse: “Leve, leve, muito leve/Um vento muito leve passa/E vai-se, sempre muito leve. /E eu não sei o que penso/Nem procuro sabê-lo”. Minha vida seria assim se não fosse pelo essencial. Mas ainda sinto que há aquela mínima animação selvagem que me faz viver para conhecer o amanhã. Mas seria eu tão leve? Acredito que sim, não porque nasci acreditando, mas porque quero acreditar; seria tão leve que se passasse pelo meu lado, minha vida, nem eu mesmo a viria. Mas me diga o que disse Pessoa a você quando abriu por esta manhã o livro de sua vida complicada? Ele sempre tem algo a dizer, é só perguntar e você saberá. Estes homens do papel falam e tem tanto a lhe contar que você ficaria assustado sobre o quanto eles te conhecem e te entendem. Mas eu acabo te entendendo também. Perguntar da vida a um papel… Mas na verdade nada se aprende só; seria hipocrisia tentar aprender a viver; viver é assim, tudo te ensina, você nunca vai aprender. Se aprendesse não estaria danado como se encontra, sempre existe aquele algo que atrapalha sua vida. Ninguém é o lustre do sorriso do lábio. Não escrevo palavras para manter-me, escrevo para que elas me ensinem apenas como acabar a próxima hora de vida; se vivesse a escrever todo momento seria eu quase perfeito, não assim, um eu qualquer para mim.
Conte a mim e eu tentarei lhe explicar. Eu lhe conto um tudo e você me diz: vale a pena viver?Aprenda sozinho a lutar sua vida, e no final dela você pode vir e me dizer se valeu.
Coisas essenciais; as necessito mesmo? Quando abri o meu livro, Fernando Pessoa me disse: “Leve, leve, muito leve/Um vento muito leve passa/E vai-se, sempre muito leve. /E eu não sei o que penso/Nem procuro sabê-lo”. Minha vida seria assim se não fosse pelo essencial. Mas ainda sinto que há aquela mínima animação selvagem que me faz viver para conhecer o amanhã. Mas seria eu tão leve? Acredito que sim, não porque nasci acreditando, mas porque quero acreditar; seria tão leve que se passasse pelo meu lado, minha vida, nem eu mesmo a viria. Mas me diga o que disse Pessoa a você quando abriu por esta manhã o livro de sua vida complicada? Ele sempre tem algo a dizer, é só perguntar e você saberá. Estes homens do papel falam e tem tanto a lhe contar que você ficaria assustado sobre o quanto eles te conhecem e te entendem. Mas eu acabo te entendendo também. Perguntar da vida a um papel… Mas na verdade nada se aprende só; seria hipocrisia tentar aprender a viver; viver é assim, tudo te ensina, você nunca vai aprender. Se aprendesse não estaria danado como se encontra, sempre existe aquele algo que atrapalha sua vida. Ninguém é o lustre do sorriso do lábio. Não escrevo palavras para manter-me, escrevo para que elas me ensinem apenas como acabar a próxima hora de vida; se vivesse a escrever todo momento seria eu quase perfeito, não assim, um eu qualquer para mim.
Conte a mim e eu tentarei lhe explicar. Eu lhe conto um tudo e você me diz: vale a pena viver?Aprenda sozinho a lutar sua vida, e no final dela você pode vir e me dizer se valeu.